No bolso...
Aquele dinheiro que você nem lembrava,
Clips, caneta, bilhete de cinema, chave, celular.
Um furo, algo perdido.
Esquento as mãos geladas.
Um bilhete desbotado, o papel quase desintegrado,
pedacinhos dele jazem no bolso e é tão difícil de limpar.
E, no que sobrou do bilhete, entre tantos borrões,
uma palavra pode ser lida com nitidez.
É justamente a palavra que me faltava,
Começo a acreitar no destino, na sorte,
na coincidência não, porque não é romântico.
Não lembro o assunto e nem quem escreveu o bilhete.
Talvez a palavra não fizesse o mesmo sentido no contexto original,
talvez eu nem o tenha lido no momento em que recebi.
Mas ele apareceu na hora em que deveria ser lido.
não resistiu, rasgou.
Acho que não faria sentido em outro momento mesmo.
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